Carta à Igreja de Pérgamo

 

 

Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Estas coisas diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes: 13 Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. 14 Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição. 15 Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas. 16 Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca. 17 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe.1

¹² Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Estas coisas diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes:

Pérgamo; etimologicamente significa “altura ou elevação”, era uma importante cidade da Mísia Menor, na Ásia Menor; existia nela um templo de Esculápio (deus da medicina); era famosa também pela invenção e manufatura do pergaminho, tinha uma grande biblioteca real que segundo algumas fontes tinha em torno de duzentos mil volumes.

Mais uma vez o autor espiritual refere a si mesmo com expressões já citadas anteriormente no texto. Assim, não vamos comentá-las novamente, sugerimos nossos leitores que se houver necessidade voltem aos comentários do décimo sexto versículo do primeiro capítulo.

13 Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.

Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás; Satanás representa sempre as forças do mal, é a emersão de experiências vindas de baixo, de nossa consciência corrompida. Este trono diz do cultivo de valores puramente humanos e dirigidos por estas forças de oposição ao Bem. Pressupõe-se um domínio delas, um poder negativo, um desvio das necessidades fundamentais do Espírito.

A expressão conheço o lugar em que habitas pode justamente ser uma referência ao culto imperial e ao paganismo sempre presente em Pérgamo.

Todavia, temos na próxima observação que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, importante referência à comunidade cristã local que apesar do ambiente psíquico e espiritual impróprio, mantinha-se fiel ao Evangelho e à sua simplicidade.

Dizemos ser importante esta referência por ser esta uma grande necessidade nossa nos dias atuais, a de nos mantermos fiéis ao Cristo onde quer que estejamos e principalmente em ambientes negativos onde não são cultivados valores nobres.

Os convites do mundo são quase sempre impróprios ao seguidor de Jesus e são apelos que habitualmente encontram apoio na retaguarda de nossos sentimentos; todavia, se é necessário viver no meio destes valores corrompidos, não é preciso ceder a eles, é a questão de viver no mundo, mas não pertencer a ele. Para tal é preciso firmeza e grande disposição mental, o nome de Jesus tem poder sim, mas desde que nos mantenhamos fiéis a Ele. É o que entendemos por “não negar a fé”, que diz-nos sempre de atitude de fidelidade a Deus.

ainda nos dias de Antipas; não temos outras referências a este personagem, trata-se, entretanto, de um mártir cristão que provavelmente trabalhou sob orientação do próprio João, o médium evangelista. Devia ser uma das lideranças da comunidade, e que agora do outro lado da vida, na dimensão espiritual, continuava auxiliando-a.

minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. Estas duas primeiras expressões vem reforçar o que falamos linhas atrás sobre a fidelidade. O texto comprova esta fé do mártir, ele testemunhou o Cristo, foi fiel a Ele.

Este fidelidade leva à morte, por quê? Porque trata-se da morte dos padrões inferiores, morre-se o “eu” personalista e nasce o Cristo em nós que é a vivência em favor do coletivo, do próximo, da comunidade; notemos a sutileza da colocação, morto entre vós, significa no meio de vós; evoca uma participação. É quando os interesses pessoais deixam de ser a tônica de nossa vida, deixamos de ser sempre aquele que requisita colaboração, e passamos a ser o que colabora com os outros.

Volta a citação a Satanás dizendo dos interesses humanos e personalistas cultivados. É no mundo que cultiva estes valores que a “fiel testemunha” do Cristo tem de se manifestar, porque ser cristão no céu não deve ser difícil, o desafio é manter os padrões superiores onde Satanás habita, onde somos convidados a toda hora a nos fazermos igual à maioria, um vencedor no mundo, um destaque pessoal…

14 Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição.

Tenho, todavia, contra ti algumas coisas; mesmo padrão didático para esta carta. Destaca a comunidade em suas qualidades, para só depois buscar corrigir alguns pontos.

Neste passo é bom lembrar nossa proposta de analisar cada texto deste como se fosse a nós dirigido e refletirmos, se Jesus nos dirigisse uma carta como esta que tipo de reprovação Ele teria quanto ao nosso comportamento?

pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão; a história de Balaão e Balaque é narrada em Números a partir do vigésimo segundo capítulo até o vigésimo quinto, sendo que mais adiante, Números, 31: 16, temos referência à influência negativa de Balaão em relação ao povo de Israel.

Quando lemos estas citações notamos que Balaão, que fora contratado por Balaque para prejudicar os seguidores de Moisés, assim não o faz diretamente por influência de IHWH, entretanto, como ficamos sabemos no trigésimo primeiro capítulo, ele sutilmente aconselha os filhos de Israel à infelidade (prostituição). O Apocalipse comenta esta passagem confirmando esta visão: o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição

Temos aqui dois “pecados” fundamentais, o da infidelidade-prostituição e o de comer as coisas sacrificadas aos ídolos.

Na Bíblia, toda infidelidade a Deus, toda idolatria, é considerado prostituição, assim não devemos ver aqui só uma situação que diz respeito ao mal uso do sexo, mas à transgressão a Deus de um modo geral.

Temos, desta forma, nos dias atuais, que contabilizar todas imprudências que cometemos, todos os desajustes em relação a Deus, e aplicar aqui e ver nisso esta influência negativa que sofremos, lembrando sempre de Emmanuel quando este instrutor diz que somos influenciados e influenciamos em nossas relações cotidianas. Ora somos então, Balaão, ora Balaque, sempre ampliando nossas dificuldades quando nos fazemos invigilantes.

É importante ver aqui a sutileza e o ardil daqueles que agem em sintonia com as trevas; no plano das aparências agem como se fossem guiados pelo Criador, entretanto, sinuosamente iludem com astúcia em nome dos adversários do Bem; armam ciladas diante dos filhos de Israel, que hoje podemos ver como sendo todos os que caminham para Deus.

Na questão dos alimentos sacrificados aos ídolos devemos analisar desta forma.

Hoje já não temos estas preocupações quanto aos sacrifícios, entretanto continuamos tendo ídolos que rotineiramente nos desviam do caminho. E aqui não estamos falando só daqueles que são idolatrados pelo mundo e que de nada nos auxiliam em nosso projeto reeducativo, muito antes pelo contrário. Criamos uma realidade para nossa vida e para a daqueles a quem podemos influenciar toda sedimentada em valores de estética, de sensualidade, de poder físico e material, que muito nos dificultam nosso encaminhamento para Deus.

Mas há também a idolatria que cultivamos no campo religioso e que também é grandemente improdutiva. Temos anjos, guias e mentores que são muito importantes e que sempre nos orientam de forma adequada, todavia ao fazermos deles objetos de adoração sem uma maior preocupação em seguir o exemplo que nos deixaram, é como se nos alimentássemos dos sacrifícios deles, o que se muito útil foi a eles, pouca valia terá para qualquer um de nós.

Deste modo, citar Emmanuel, André Luiz, Chico Xavier ou qualquer outro do mesmo nível, é bom e até útil às vezes; todavia não podemos esquecer que é como modelo que devemos vê-los, seguir o exemplo que nos deram é que é interessante. Até mesmo em relação a Jesus não temos feito deste modo? Ele tem sido muito mais nosso ídolo do que nosso Guia e Modelo; temos O visto muito mais como um Messias guerreiro que soluciona todos os nossos problemas de fora para dentro, do que como um Cristo-redentor de nossas próprias transgressões à Lei. Não tem sido assim? Não tem sido esta uma forma de distorcer o Evangelho?

15 Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas.

Já comentamos sobre os nicolaítas, que literalmente significa “destruição do povo”, e o que eles representam em termos de atraso evolucional. Falamos sobre as complicações no campo da sexualidade, da idolatria e da prostituição significando esta também a corrupção das virtudes de um modo geral, o adultério em relação ao Plano de Deus.

Aqui gostaríamos apenas de destacar o verbo “sustentar”. É fato que todas estas viciações citadas expressam situações contrárias a Deus e ao Evangelho. Por que elas ainda gritam tão alto em nós? Por que são realidades tão presentes em nossa vida íntima?

Podemos responder, isto se dá devido a sentimentos inferiores que temos, são eles que sustentam todas estas negatividades que, se, se manifestam amplamente na coletividade em que nos movimentamos, iniciam em nós mesmos como expressões de nossas inferioridades.

São estas que são condenadas por Aquele que tudo sabe, são elas que dão sustentação às vãs doutrinas que atrasam tanto o nosso progresso espiritual quanto o de toda humanidade. É preciso submetermos elas ao jugo de Jesus, só a presença Dele em nós pode transformá-las em virtudes definitivas da alma.

Jesus é o Educador por excelência de todos nós e sabe que nosso comportamento comprometedor de espiritualidade dificulta todo Seu trabalho de implantação do Bem em nossos corações, daí Seu imenso trabalho de extirpar todo mal da Terra. Toda história da Bíblia gira em torno do amparo do Cristo e Sua comunidade de Espíritos superiores em favor do homem a fim de que este supere o mal existente em si. O Apocalipse é a culminância deste processo e é o livro que trata justamente da vitória definitiva do Bem sobre o mal, daí sua importância como promotor da alegria e da esperança em nós.

16 Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca.

Portanto, arrepende-te; em grego o verbo é metanoeo que significa uma reversão de propósito moral, uma mudança mental, conversão.

Deste modo, trata-se de um arrependimento dinâmico, que se complementa com uma atitude de mudança para melhor no que diz respeito ao sentimento de cada um de nós.

e, se não, venho a ti sem demora; o se acompanhado do não nos remete a uma consequência negativa, pois o que estava sendo dito era algo positivo que era o arrependimento.

Deste modo, esta vinda do Cristo – venho a ti – é uma vinda para colocar algo no lugar, o que sempre acontece com dores, pois pressupõe mudança, perdas, e devido à nossa pouca fé, insegurança.

Trata-se de Cristo dizendo em nós intimamente, o que podemos definir como Cristo-consciencial, o que não deixa de ser um Cristo-juiz.

O Apocalipse tem sempre este aspecto, ele vem até nós trazendo uma orientação visando uma mudança necessária, todavia, se não atendermos a esta orientação pode acontecer, como encaminhamento da lei de causa e efeito, algo que nos desagrade num primeiro momento, que gere transtornos, como forma de colocar no lugar aquilo que não está devidamente.

A expressão sem demora nos diz de algo breve, não se trata de um tempo que podemos definir com dias, anos ou séculos, mas de um momento em que sem esperarmos acontece como fruto do amadurecimento que propicia a “vinda de Cristo”, que é sempre um juízo transformador, promotor de crescimento.

Isto nos leva a uma consequência moral importante. Quando algo nos acontece produzindo transformações necessárias, às vezes dolorosas, não nos desesperemos. Elas são indutoras de crescimento moral e espiritual, só acontecem sucedendo eventos em que nos foi dada a oportunidade de fazer o melhor, são, portanto, merecidas.

Temos nelas a presença do Senhor, representam sua vinda como Diretor de nossas vidas, o que se tivermos fé já nos conforta e dá segurança; e o que é melhor como vamos ver na sequência do versículo, a luta travada pelo Cristo não é contra nós, mas contra as imperfeições que ainda possuímos, estas é que são objeto de serem aniquiladas.

e contra eles pelejarei; eles, não diz respeito a ninguém especificamente, mas a um sistema de negatividades vigentes seja na comunidade ou na intimidade de qualquer um de nós.

O verbo “pelejar” expressa uma luta, uma guerra. Se o Filho do homem está de um lado, do outro deste combate está quem precisa ser e vai ser aniquilado, o que como dissemos será sempre o sistema negativo, ou as nossas próprias imperfeições. O cuidado que devemos ter é quanto ao lado do combate em que optamos por estar, se contra ou a favor do Cristo, pois se contra Ele, muitos serão os sofrimentos com o fim de expulsar de nós o que é contrário ao Bem e ao progresso moral.

Não será um combate fácil, pois o que alimenta o sentimento de oposição à Ordem Universal, são valores cultivados por muito tempo, assim, difíceis de serem erradicados, todavia, serão; requisitando, portanto, nosso empenho neste sentido.

com a espada da minha boca. Temos aqui mais uma vez referência à “Palavra de Deus”, que conforme outras citações já feitas em comentários anteriores2 é esta espada da minha boca.

Sempre é bom frisar, que esta Palavra, que é representada por esta espada afiada que sai da boca do Autor espiritual do Apocalipse, é a Revelação de Deus, o que por ser tão ampla não pode ser limitada por nenhum texto escrito.

Assim, a Bíblia Hebraica, a Cristã, ou mesmo a Codificação Espírita, são elas, apesar de serem inspiradas pelo Alto, registros da Revelação feitos pelos homens, isto é, o que eles conseguiram captar da Palavra de Deus, não sendo a Palavra ou a Revelação de Deus por si mesma, pois esta é muito maior e de alcance ilimitado.

O que importa aqui é compreender que a Revelação ou a Lei de Deus é que irá combater todas estas negatividades existentes em nosso Universo. Assim, ajustemo-nos a Ela se não quisermos ser por Ela atropelados. Mais uma vez lembramos, o Apocalipse é um alerta para todos nós a fim de desativarmos de nosso psiquismo aquilo que é contrário aos Desígnios Superiores.

17 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe.

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor…; trata-se de uma observação feita a todas as igrejas, que já comentamos. Todavia, como no versículo anterior falamos em luta, em combate, é bom lembrarmos que o título de vencedor neste combate será dado àquele que lutar tendo Jesus por Modelo e assim vencer a si mesmo, às próprias imperfeições. Ou seja, trata-se do Espírito redimido.

dar-lhe-ei do maná escondido; o maná foi o “pão” que caiu do céu e com o qual Deus alimentou o povo de Israel no deserto. Um jarro de maná foi preservado na Arca da Aliança; a tradição diz que Jeremias o ocultou junto com a Arca quando o primeiro templo foi destruído.

O Talmude diz que no terceiro céu “os moinhos moem maná para o justo”; é ainda da tradição judaica que na Era Messiânica o tesouro do maná descerá do céu e os que estiverem vivos comerão dele3.

Deste modo, este maná retratado nesta Revelação refere-se ao alimento espiritual que terão os redimidos no Reino Celestial. O termo escondido se faz uma relação com o ato de Jeremias o esconder para preservá-lo, diz que ele se revelará a cada um no momento justo de acordo com a conquista individual daquele que atinge a condição de recebê-lo.

Lembremos, o alimento das almas é amor, e este só existe onde existir trabalho no Bem; assim, entendemos que este alimento será por nós, recebido, da esfera do Cristo, desde que o distribuamos como cooperação àqueles que nos são inferiores no plano evolucional.

bem como lhe darei uma pedrinha branca; no mundo antigo nas cortes de justiça o acusado era condenado através das pedras pretas, a pedra branca significava absolvição. A pedra branca era também usada como ingresso nos festivais públicos, simboliza para o homem de fé a admissão no Reino de Deus; é a credencial desta conquista.

Uma pedrinha branca dada pelo Governador do Orbe diretamente para alguém é um símbolo de grande valor, significa que este também, como Ele, venceu o mundo4.

e sobre essa pedrinha escrito um nome novo; na cultura antiga o nome tinha significado importante, não era apenas um modo de chamar alguém, dar um nome é conferir uma qualidade real5.

Deste modo, este nome novo diz de uma conquista devido à nova criação realizada em Cristo. Tem um caráter todo pessoal, pois este nome carregará informações do Espírito sobre todo seu processo evolucional. Podemos dizer com certeza, que este nome além de novo será único para cada um de nós. E como para Deus já somos Espíritos redimidos, pois para Ele passado, presente e futuro é um eterno presente, é por este nome que Ele conhece a cada uma de suas criaturas conforme depreendemos do livro do profeta Isaías6.

o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe. O texto confirma o que dissemos trata-se de um nome único, ninguém conhece, exceto aquele que o recebe, pois, como dissemos, este nome representa conquista individual e dirá da qualidade de cada um o que só a individualidade conhece, pois está nela gravada toda sua história evolutiva. Sendo esta intransferível o nome também será.

Assim, este nome e esta pedrinha branca representam uma identidade que está sendo construída por cada um de nós.

 

 

1 Apocalipse, 2: 12 a 17

2 Cf. nossos comentários no capítulo anterior a Apocalipse, 1: 16.

3 (STERN 2007). Pág. 870

4 Cf. João, 16: 33

5 (A Bíblia de Jerusalém 1992), pág.2207

6Isaías, 40: 26